domingo, 17 de março de 2013

Espécies Invasoras: qual é o problema?!

 O tema de espécies invasoras e prejuízos que causam tem estado, infelizmente, em foco na imprensa escrita e banda desenhada humorística:



  Os artigos reproduzidos ou linkados de seguida fazem referência a algumas das mais importantes espécies invasoras em Portugal e o valor do prejuízo económico que causam:

   Eucalipto já se tornou a primeira espécie da floresta nacional



   Reproduzimos, com um misto de agrado e preocupação, uma notícia do site Ciência Hoje:
 

   Novo “site” aborda problemática das espécies invasoras

   O problema das plantas invasoras provoca um prejuízo na ordem dos 10 mil milhões de euros por ano, só na Europa, preço a pagar pelas medidas de controlo e recuperação de sistemas invadidos. 
Tendo como objectivo sensibilizar e educar a população para proteger os habitats nativos e áreas de produção florestal e agrícola, a Universidade de Coimbra em parceria com o Politécnico da mesma cidade, o Centro de Ecologia Funcional e o Ciência Viva criaram o site invasoras.uc.pt.
   Acácias, penachos e o chorão-das-praias são plantas bastante comuns mas, ao contrário do que se possa pensar, não são nativas da paisagem portuguesa. Estas espécies foram introduzidas por acção humana de forma acidental ou intencional, para efeitos decorativos, produção florestal ou outros fins.
   Uma planta invasora tem impactos negativos na biodiversidade e pode ser um catalisador de vários problemas, como o aumento do risco de incêndios e alterações na disponibilidade hídrica. Elizabete Marchante, investigadora de plantas invasoras e coordenadora do projecto, defende que a solução tem de ser partilhada.
   “Todos somos intervenientes neste problema e todos podemos ajudar a mitigá-lo. Por um lado, actuamos como vetores de dispersão das espécies. Por outro, podemos gerir os problemas já causados por estas espécies participando, como cidadãos ou profissionais, na gestão e controlo das espécies invasoras. Um público sensibilizado e informado está melhor preparado para prevenir a introdução e dispersão de espécies invasoras”, considera.
   O desequilíbrio provocado por plantas invasoras em alguns ecossistemas é tão grave que pode pôr em risco outras espécies. O priolo, por exemplo, uma ave que apenas existe nos Açores, está ameaçada devido ao avanço de plantas invasoras, que estão a destruir a floresta nativa da qual depende. A recuperação do seu habitat através do controlo de invasoras tem sido determinante para a protecção da espécie.
   No site é possível aprender mais sobre as plantas invasoras em Portugal, através de fichas descritivas das espécies, e conhecer as várias metodologias para as controlar.
   Os utilizadores podem assinalar focos de plantas invasoras no território nacional através de uma aplicação para dispositivos Android e um mapa de avistamentos no site, num modelo de ciência participativa.
   Professores e educadores têm acesso a materiais de apoio para actividades de educação ambiental dirigidas para faixas etárias mais jovens, assim como fichas e guias para grupos informais realizarem acções de reconhecimento e controlo no terreno.
   Para Elizabete Marchante este projecto tem como objectivo “sensibilizar a sociedade para a problemática das espécies invasoras e fazer a ligação entre ciência e o cidadão comum”.

   

Sem comentários:

Enviar um comentário