segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Palestra no Auditório do Colégio Luso-Francês: Ciências Cirúrgicas e Oncobiologia (ICVS-UM)

   Terá lugar, por volta das 14h30 do próximo dia 27 de setembro, terça-feira, no auditório do Colégio Luso-Francês, uma palestra intitulada Ciências Cirúrgicas e Oncobiologia


   Esta palestra, destinada aos alunos de Ciências e Tecnologias do 11º e 12º Ano e integrada nas disciplinas de Biologia e Biologia e Geologia, será proferida pela Professora Doutora Maria de Fátima Monginho Baltazar, investigadora da Universidade do Minho. Formada em Ciências Farmacêuticas, seguiu a sua formação superior na área da Oncobiologia, liderando actualmente projectos de investigação em Sinalização Celular associada ao Cancro e Microambiente do Cancro no Instituto em Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho.


   Esta palestra integra-se no conjunto de iniciativas promovidas pela Escola de Ciências da Saúde da UM designada de Semana do ABC da Cirurgia que se realizará entre 26 e 30 de Setembro 2011 e que pretende ser uma semana dedicada à interacção activa entre os investigadores do domínio das Ciências Cirúrgicas do ICVS. 


   

sábado, 24 de setembro de 2011

7 mil milhões de seres humanos: Como será o ser humano típico?

   Um pequeno vídeo que utiliza dados demográficos e tecnologia de composição de fotografias para 'criar' o ser humano típico, actualmente. Demonstra o carácter relativo desta atribuição, e faz o espectador relembrar o seu posicionamento na Terra e em relação à Humanidade.

    Poderá reservar-nos algumas surpresas... Se não, vejam:





   

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Por falar na 'queda' de verdades científicas...

   Nas concepções que temos, enquanto cidadãos, da Ciência, ainda resistem muitas ideias erróneas acerca do conhecimento científico e a forma como este se constrói. A concepção talvez mais comum acerca do conhecimento científico é a de que a Ciência enuncia Verdades, que se tornam dogmas, concepção bem representada pelo 'Cientificamente comprovado' que legitima o consumo de tantos produtos actualmente. Pelo contrário: a Ciência apenas enuncia teorias e leis que são as melhores explicações para determinados fenómenos num determinado momento, dependendo também de circunstâncias sociais, tecnológicas, entre outras. Essas explicações vão sendo substituídas por novas ideias, resultantes de novos dados e interpretações.


   Não sendo garantidamente a queda de mais um Dogma, também as 'fundações' da Física estão a ser abaladas com novos dados: partículas cuja velocidade de propagação é superior à da luz!


   Vejam artigo aqui.


   E para os que dispensarem o evento desportivo mais mediatizado durante os últimos dias, poderão ainda aproveitar, até às 24h, a Noite Europeia dos Investigadores, na Reitoria da UP (Praça dos Leões).



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

7 mil milhões de seres humanos - Como compreender esse número

   As previsões apontam para 7 mil milhões de habitantes humanos na Terra no final deste ano. Olhando para a História, o crescimento demográfico dos últimos 50 anos é incomparável com qualquer período da humanidade, com todos os sinais positivos mas também negativos que esse crescimento acarreta. A preocupação com a capacidade da Terra suportar tantos seres humanos com condições de vida semelhantes às dos países mais desenvolvidos é crescente: está em causa o futuro, a médio prazo, da espécie humana, mais do que o futuro da Terra ou da Vida, que têm reencontrado o equilíbrio após as grandes crises.

   A National Geographic iniciou este ano uma série especial acerca deste número e do seu significado, para lá do mais visível.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Noite dos Investigadores

   Aproxima-se mais uma Noite Europeia dos Investigadores!




   Na próxima sexta-feira, dia 23 de Setembro, na Reitoria da Universidade do Porto (Praça dos Leões) + Planetário do Porto e na Escola Pires de Lima (Heroísmo), haverá experiências, apresentações e espectáculos ligados às Ciências. Desde as 15 h e até às 24h, há sempre algo que ver, ouvir, mexer ou sentir!


  Aqui, o programa da NEI na Reitoria da UP+Planetário do Porto e aqui o programa da NEI na Pires de Lima.


   Para os Alunos do Secundário, está aberto um concurso até dia 22 com um IPad como prémio: vejam mais em Mural dos Cientistas


   Até lá!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Onde Nasceu a Ciência e o Juízo?

MOTE 

— Onde nasceu a ciência?... 
— Onde nasceu o juízo?... 
Calculo que ninguém tem 
Tudo quanto lhe é preciso! 

GLOSAS 

Onde nasceu o autor 
Com forças p'ra trabalhar 
E fazer a terra dar 
As plantas de toda a cor? 
Onde nasceu tal valor?... 
Seria uma força imensa 
E há muita gente que pensa 
Que o poder nos vem de Cristo; 
Mas antes de tudo isto, 
Onde nasceu a ciência?... 

De onde nasceu o saber?... 
Do homem, naturalmente. 
Mas quem gerou tal vivente 
Sem no mundo nada haver? 
Gostava de conhecer 
Quem é que formou o piso 
Que a todos nós é preciso 
Até o mundo ter fim... 
Não há quem me diga a mim 
Onde nasceu o juízo?... 

Sei que há homens educados 
Que tiveram muito estudo. 
Mas esses não sabem tudo, 
Também vivem enganados; 
Depois dos dias contados 
Morrem quando a morte vem. 
Há muito quem se entretém 
A ler um bom dicionário... 
Mas tudo o que é necessário 
Calculo que ninguém tem. 

Ao primeiro homem sabido, 
Quem foi que lhe deu lições 
P'ra ter habilitações 
E ser assim instruído?... 
Quem não estiver convencido 
Concorde com este aviso: 
— Eu nunca desvalorizo 
Aquel' que saber não tem, 
Porque não nasceu ninguém 
Com tudo quanto é preciso! 


António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A História da Vida feita Poema

Earth and meteorites, volcanoes then sea,
Single-celled life then came to be.
Animals with shells, then fish in the sea,
Land plants, amphibians came next, you see.
Reptiles, dinosaurs, mammals came along,
Birds flew in the sky with their new song.
Plants with flowers, then grasses were next to be
Then us, humans, you and me.

Fonte: www.earthlearningidea.com, actividade A time-line in your own backyard

“Bartolomeu Lourenço de Gusmão - o padre inventor” - Edição no Brasil

   Foi, recentemente, lançado no Brasil o livro “Bartolomeu Lourenço de Gusmão - o padre inventor” que reúne documentação manuscrita existente na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra sobre o referido sacerdote e cientista, bem como documentos da sua própria autoria. A edição exibe fac-símiles desses vários documentos e textos do notável físico português Carlos Fiolhais.



   “Três, se não quatro, vidas diferentes tem o padre Bartolomeu Lourenço, e uma só apenas quando dorme, que mesmo no sonho foi o padre que sobe ao altar e diz canonicamente a missa, se o académico tão estimado que vai incógnito el-rei ouvir-lhe a oração por trás do reposteiro, no vão da porta, se o inventor da máquina de voar ou dos vários modos esgotar sem gente as naus que fazem água, se esse outro homem conjunto, mordido de sustos e dúvidas, que é pregador na igreja, erudito na academia, cortesão no paço, visionário e irmão de gente mecânica e plebeia em S. Sebastião da Pedreira, e que torna ansiosamente ao sonho para reconstruir uma frágil, precária unidade, estilhaçada mal os olhos se lhe abrem, nem precisa estar em jejum como Blimunda.” (Memorial do Convento, 33ª edição, Caminho).

   É assim que, em Memorial do Convento, Saramago nos apresenta a figura de Bartolomeu Lourenço de Gusmão como o “padre voador” que, apesar de ser considerado louco (e “de louco todos temos um pouco”), não abandonou o seu sonho de voar – Tenho sido a risada da corte e dos poetas, um deles, Tomás Pinto Brandão, chamou ao meu invento coisa de vento que se há-de acabar cedo, se não fosse a protecção de el-rei não sei o que seria de mim, mas el-rei acreditou na minha máquina e tem consentido que, na quinta do duque Aveiro, a S. Sebastião da Pedreira, eu faça os meus experimentos” (Memorial do Convento, 33ª edição, Caminho, p.64). Mais adiante, no romance, o narrador recria o real, através da sua imaginação criadora e relembra o voo experimental da passarola, ao mesmo tempo que se apropria da voz do seu inventor – “e assim pôde ver afastar-se a terra a uma velocidade incrível, já mal se distinguia a quinta, logo perdida entre colinas, e aquilo além, que é, Lisboa, claro está, e o rio, oh, o mar, aquele mar por onde eu, Bartolomeu Lourenço de Gusmão, vim por duas vezes do Brasil, o mar por onde viajei à Holanda, a que mais continentes da terra e do ar me levarás tu, máquina, o vento ruge-me aos ouvidos, nunca ave alguma subiu tão alto, se me visse el-rei, se me visse aquele Tomás Pinto Brandão que se riu de mim em verso, se o Santo Ofício me visse, saberiam todos que sou filho predilecto de Deus, eu sim, eu que estou subindo ao céu por obra do méu génio, por obra também dos olhos de Blimunda, se haverá no céu olhos como eles, por obra da mão direita de Baltasar, aqui te levo, Deus, um que também não tem a mão esquerda, Blimunda, Baltasar, venham ver, levantem-se daí, não tenham medo.” (p.198)


   Para alargar os conhecimentos sobre a recente obra publicada e a história deste padre inventor, podem aceder aqui.




   Este artigo foi enviado pela Professora Auxília Ramos, a quem agradecemos a colaboração neste Blog, que, sendo das Ciências e Tecnologias, é de tantos quantos queiram participar desta experiência, da divulgação da ciência, da palavra, do trabalho colaborativo. 



domingo, 4 de setembro de 2011

Evolução e o seu Ensino - polémica antiga nos EUA

   Na continuação do post O que diriam os Macacos?, do passado dia 29 de Julho de 2011 sobre Evolução, deixamos aqui um vídeo que explica, de forma resumida, a polémica que se desencadeou no Ensino das Ciências Naturais, nos EUA, nos anos 1920 e que é tradicionalmente simbolizada pela chamado Julgamento de Scopes.
    
    Deve ser tido em atenção:


    1- esta polémica é actual: já nos anos  2000, outros dois episódios envolveram o Ensino da Evolução nos EUA;


    2- o surgimento e crescimento de teorias pseudo-científicas para explicar a origem das espécies não é exclusivo dos EUA, nem tão pouco o crescendo de adeptos destas mesmas explicações que misturam crenças e dados científicos: daí também o interesse em conhecer a história e estar preparado para a discussão;


    3- o poder das imagens é imenso (valem mais do que mil palavras!): a espécie humana a que todos pertencemos Homo sapiens sapiens não surgiu do chimpanzé Pan troglodytes ou do gorila Gorilla gorilla; antes partilhamos um antepassado relativamente recente (5 milhões de anos), daí as imensas parecenças, em particular ao nível do material genético ou DNA (98% de semelhança). interessante será perceber como os restantes 2% no genótipo (informação nos genes) podem traduzir-se em tantas diferenças de fenótipo (manifestação das características, dependente do genótipo e do ambiente). daí a simplificação e origem de tantos mal-entendidos quando se utiliza a representação do Homem a surgir do Macaco, por evolução;


    4- mais se falará sobre este assunto neste blog (recentemente, esta questão foi colocada às candidatas a Miss USA. imaginam as respostas?!).


  

     Para concluir, e para lançar a discussão, parece-nos bastante mais produtivo a disponibilidade para perceber que tipo de argumentos são utilizados por cada uma das partes interessadas (stakeholders) e assumir, à partida, a distinção entre dados e teorias científicos e crenças, religiosas ou de outro tipo. Desta forma, a discussão será produtiva e o conhecimento poderá... evoluir!