quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

IX Olimpíadas de Biotecnologia - Alunos de Secundário (1ª eliminatória 26 de fevereiro de 2014)

IX Olimpíadas de Biotecnologia 2013/2014
Alunos do 10º, 11º e 12º Ano



As Olimpíadas de Biotecnologia da Escola Superior de Saúde-Universidade Católica Portuguesa regressam este ano letivo. Vamos falar de cerveja, pão e queijo, clonagem, plasmídeos e organismos geneticamente modificados!  

Vem participar e aprender mais sobre o futuro desta tecnologia que se baseia nos processos biológicos para aumentar o bem-estar humano!

Inscrição junto da Funcionária Celeste até ao dia 29 de janeiro 2014

Inscrição via email  andre.rodrigues.clf@gmail.com
(Professor responsável: André Rodrigues)

Olimpíadas Portuguesas de Biologia Júnior - 1ª eliminatória a 07 de fevereiro de 2014

Olimpíadas Júnior da Biologia 2013/2014

Alunos do 9º Ano

A 1ª eliminatória das Olimpíadas Portuguesas de Biologia Júnior 2013/2014 terá lugar no próximo dia 07 de fevereiro entre as 14h30 e as 16h e a prova será realizada no CLF.
Inscreve-te e começa já a preparar-te!!! Não esqueças que ‘Um Biólogo trabalha toda a vida.’

Inscrição junto da Funcionária Ana Paula até ao dia 30 de janeiro 2014
(email para inscrição e esclarecimento de dúvidas: andre.rodrigues.clf@gmail.com, Professor André Rodrigues)

Para a 1ª eliminatória da Categoria Júnior constam os conteúdos curriculares do 7 e 8º ano e ainda os seguintes conteúdos respeitantes ao 9º ano:


Relembramos que, de acordo com o regulamento, serão também competências requeridas ‘conhecimentos essenciais de Biologia dos 1º e 2º ciclos do Ensino Básico que poderão ser necessários para responder às questões.’

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Estado desinveste em Ciência: qual o impacto imediato no país?

Dados da FCT sobre a evolução das bolsas de doutoramento

Tomamos a liberdade de reproduzir um artigo do suplemento P3 do Público, sobre uma jovem investigadora no desemprego. É uma em milhares...


“Não tenho bolsa, estou desempregada, mas se me cortam os sonhos, crescem-me as asas”

  Amanda Ribeiro 

   Desde que me licenciei nunca tive um dia de paz ou de pouca preocupação. Nunca fui de férias. É inconstância do dia-a-dia. Temos de pensar que é uma vida radical, uma vida cheia de adrenalina (riso nervoso).

   Eu sou bióloga, mas na área de doutoramento mudei para a Comunicação de Ciência. Estou no 2.º ano e quero organizar um jardim paleobotânico, neste caso, o Jardim Botânico de Coimbra. Este ano, foram eliminadas do concurso da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) as bolsas PACT – Promoção e Administração da Ciência e Tecnologia. Disseram que área de Comunicação de Ciência se insere em todas as outras áreas, o que realmente não deixa de ter a sua razão. Mas o problema é que o júri é das ciências exactas não tem a mínima sensibilidade para a Comunicação da Ciência e, por isso, não interpreta os nossos objectivos e conclusões — foi o que aconteceu comigo.

   Nos países mais desenvolvidos está a haver uma crise de vocações na área científica, por isso, a União Europeia (UE) está a fazer um enorme investimento para atrair jovens para a ciência, dar a conhecer ao público a sua importância e promover o entendimento e compreensão. Ao acabar com a PACT, o Governo está a fazer o oposto. Está, aliás, a promover aquilo que a UE não quer: dar a entender que o cientista é um bicho louco, que a investigação que faz é alquimia… Isto é matar um país.

   O meu primeiro pensamento [quando soube o resultado]? “Estou tramada. Vou ter de me virar para outro lado.” Custa-me muito desistir do doutoramento porque investi muito, a nível económico, mas também emocional. Sim, estou sem forças, desgastada, mas não vou baixar os braços. Feliz, e infelizmente, existe a fundação casa dos pais. E não sou só eu — é não sei “quantos por cento” da população. O meu irmão está nas mesmas circunstâncias que eu. Isto traz consequências negativas para a sociedade. Ter 30 anos e estar dependente dos pais… As pessoas aprendem a desamar-se.

   Diziam que o meu trabalho de mestrado era esquisito. Foi em Ecologia, fiz modelação de habitat: andava, basicamente, de rabo para o ar a contar cocó de mamíferos e trabalhava com matemática. Isto foi em 2005, 2006, e ninguém percebia muito bem o que é que eu andava a fazer. O que é certo é que esse trabalho aumentou o turismo na zona, o turismo ecológico e de caça, e está a gerar dinheiro. Graças a ele, foram reintroduzidas espécies que anteriormente não existiam: neste caso, o corço. Dizem que temos de trabalhar para as empresas, mas isso é o que já fazemos. Ninguém faz ciência porque é giro. Quantos anos é que as botijas leves da GALP e BP demoraram a ser desenvolvidas?! Se plantarmos uma macieira, não estamos à espera que dê frutos na Primavera seguinte. São precisos vários anos, como na Ciência.

"O doutoramento é o meu amante"
Vou recorrer [do resultado]. Uma das coisas que me aborreceu foi retirarem-me meio valor porque não estava inserida num projecto de investigação. Nem sequer me deixam ser inovadora! Cortam as amarras. E o que aconteceu comigo - e eu entendo, palavra que entendo — é que as pessoas que avaliaram eram de investigação pura e dura. Por isso é que não faz sentido não existir uma categoria própria para a Comunicação de Ciência; ou, em alternativa, o júri tem de ter alguém da área.

  Não ter bolsa implica fazer uma pausa naquilo que esperava conseguir, principalmente no que toca a investimentos emocionais. Ter o meu ninho, por exemplo. Mas não quero desistir. Se me cortam os sonhos, crescem-me as asas. Vou tentar, por tudo, conseguir financiamento, amealhar o máximo que conseguir, mas, como consequência, vai-se notar na qualidade do trabalho. Sou formadora e já no ano passado, para pagar as propinas, dei formação em Cosmetologia. Aprendi a diferenciar unhas, aquilo que um biólogo sempre quis saber na vida (risos), mas sim, também é importante. O problema dos problemas é que, por causa dos atrasos da FCT, tive de fazer opções e, por isso, tive de sair da escola onde estava a dar formação. Agora, não tenho bolsa, estou desempregada e só me apetece rir para não chorar.

   Ponho a hipótese de sair do país. Aliás, já estive muito próxima de o fazer. Tive uma viagem marcada para o Brasil, mas depois decidi não o fazer porque surgiram algumas hipóteses. Mas a obrigação de partir é diferente de querer partir. No final de contas, o que é que o Governo quer? A massa crítica vai toda embora, ficam as pessoas com menos formação. E que país é este? É um país de… ignóbeis. Então, o Estado investe imenso dinheiro na nossa formação, algo que acho muito bem porque nós, investigadores, vamos retribuir ao Estado, a todos os cidadãos; mas, ao mesmo tempo, descarta-me?! Isto não é um bom investimento.

   A primeira coisa que fiz na semana passada foi começar a disparar CV e dizer aos conhecidos que estou disponível. Para quase tudo. Estou absolutamente de luto. Eu brinco ao dizer que o doutoramento é o meu amante, mas realmente já não é só trabalho. E uma pessoa apaixonada move mundos e fundos. Não queria desistir, por nada, mas se tiver de ser, pararei. Até me vem a lágrima ao canto do olho. Uma curiosidade: os resultados saíram na terça-feira; na quarta, uma colega reparou que estava toda vestida de verde: esperança.”

domingo, 19 de janeiro de 2014

Abelhas e Homens: uma relação milenar agora ameaçada (Documentário no CLF, 24 jan, 21h)

Documentário “Abelhas e Homens”
 Exibição no Auditório do CLF 


    No próximo dia 24 de janeiro, pelas 21h no auditório do CLF, será exibido o Documentário “Abelhas e Homens” do suíço Markus Imhoof. A apresentação estará a cargo dos alunos do 8.º ano, Bernardo Ramos e Francisco Sousa, orientados pelo Professor André Rodrigues.
    No nosso país, este documentário apenas foi exibido publicamente em Lisboa e passou diretamente para a distribuição em DVD.

   A exibição do documentário enquadra-se no projeto ConheSer+ e tem o apoio da APELF e o resultado da venda dos bilhetes reverterá a favor do projeto Sequestro do Carbono que está a ser desenvolvido durante este ano letivo no CLF, em parceria com o Parque Biológico de Gaia. Poderão adquirir os bilhetes pelo valor de 1,5 euros no gabinete da coordenação do 3.º ciclo ou junto dos alunos do 8.º ano.
Deixamos aqui o trailer e algumas interrogações que nos suscitam o filme.

    Terá algum interesse sabermos mais sobre as abelhas e a relação que estabelecemos com eles? Porquê um documentário sobre estes insetos? 
    Podíamos referir-nos ao mel ou ao própolis que produzem, substâncias que utilizamos há milénios em benefício da nossa saúde.
    Podíamos ainda referir-nos aos desequilíbrios que poderão surgir pelo decréscimo súbito e inexplicável de mais de 50% das abelhas dos vários ecossistemas mundiais, pois sabemos que as relações alimentares dependem do equilíbrio de todas as populações de seres vivos, dos microscópicos aos que nos despertam mais empatia, como os mamíferos, passando pelos insetos. 
    Podíamos também procurar as semelhanças com o fenómeno Mary Celeste, nome atribuído em 1872 após um misterioso desaparecimento.
    Podíamos referir-nos à importância que têm as abelhas na nossa alimentação, ainda que nos seja difícil percecionar o 'trabalho' de gigante que fazem estes pequenos seres, diariamente, num jogo sensual com as flores de tantas plantas no mundo.
    Podíamos, por fim, refletir sobre a comparação do realizador deste documentário com o clássico Tempos Modernos, de Charlot, mas agora da perspetiva das abelhas.

    Decidimos deixar apenas uma interrogação: será que, na nossa relação milenar com as abelhas, nos estamos a esquecer de correr o mais que podemos, para ficar no mesmo sítio?, como dizia a Rainha de Copas a Alice, em Alice no País das Maravilhas

    Apareçam, contamos convosco para participar na mudança!!!!