sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O princípio da Vida - Sir David Attenborough

   Fascinante série dedicada a explorar e debater hipóteses para a génese da Vida na Terra. Qualidade BBC, com apresentação do inigualável David Attenborough.


  



   

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Menino de Lapedo: uma história de polémica, glaciações e evolução humana


    Reproduzimos, com prazer, uma notícia do jornal Público: é um caso de interesse cultural e científico inestimável, que traz prestígio internacional ao nosso país, e que representa um contributo para o conhecimento da evolução do Homem.


   A sepultura do Menino de Lapedo, em Leiria

O Menino de Lapedo esteve no meio da polémica, que ajudou a resolver, relativamente à possibilidade do Homo sapiens se ter encontrado, e possivelmente, originado descendência, com Neandertal, outra ramificação da árvore genealógica da nossa espécie. O resultado? Todos nós teremos um pouco de Neandertal no nosso ADN, pois estes dois primos evolutivos ter-se-ão cruzado e originado descendência, tendo o Menino de Lapedo como exemplo.


Abrigo da criança do Lapedo prestes a ser monumento nacional



   Há 24.500 anos, uma criança foi sepultada cumprindo um ritual cuidadoso, no Vale do Lapedo, perto de Leiria. Foi enterrada numa sepultura purificada pelo fogo e embrulharam-na numa mortalha, sem que faltassem oferendas, nem ocre vermelho. Em Dezembro de 1998, os trabalhos de uma retroescavadora que abria uma estrada no vale puseram os ossos a descoberto, que hoje são conhecidos mundialmente, ou não fosse o único esqueleto quase completo de uma criança do Paleolítico Superior – e agora é o abrigo onde estava a sepultura que está prestes a ser classificado como monumento nacional.

A gruta onde foi encontrada a sepultura


   O anúncio da classificação está no Diário da República de 20 de Novembro e, depois do processo de consulta pública durante 30 dias, será publicado o diploma com a classificação efectiva. A categoria de monumento nacional é a mais alta na classificação de bens culturais, sublinha, em comunicado, a Câmara Municipal de Leiria, que há 12 anos fez o primeiro pedido nesse sentido.

   Elaborado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), o processo de classificação cria duas áreas de protecção. No Abrigo do Lagar Velho, o lugar resguardado onde a criança foi sepultada, não será possível construir nada, enquanto a área contígua do vale, considerada com grande potencial arqueológico, será uma zona especial de protecção (ZEP).

   “Face à sensibilidade arqueológica do sítio a classificar, toda a área é zona non aedificandi,onde apenas serão autorizados trabalhos de investigação”, lê-se no Diário da República. “Relativamente à ZEP, a qual corresponde ao Vale do Lapedo (...), todas as intervenções com impacto no subsolo deverão ter diagnóstico arqueológico prévio (sondagem ou escavação em área)”, acrescenta-se.

   Um esqueleto no centro do debate

   A criança do Lapedo tinha quatro anos quando morreu. Era da nossa espécie, o Homo sapiens, ou homem moderno. Pouco depois da descoberta do seu esqueleto, esteve no centro de um debate aceso sobre evolução humana. Há 24.500, os Neandertais já se tinham extinguido, tendo tido como último reduto a Península Ibérica, e a grande questão, ainda por resolver em 1998, era se eles e nós nos tínhamos cruzado do ponto de vista reprodutivo. Fizemos amor e tivemos filhos, ou fizemos a guerra?

   A equipa que estudou a criança do Lapedo defendia que o esqueleto apresentava alguns traços morfológicos dessa mistura no passado entre Neandertais e humanos modernos, o que suscitou muita divergência de pontos de vista. Desde então, os avanços na tecnologia de sequenciação do genoma encarregaram-se de ajudar a esclarecer o debate: sim, temos um bocadinho de Neandertal dentro de nós. Tanto o nosso genoma como o dos Neandertais foi entretanto sequenciado.

   A memória dos tempos em que aquela criança viveu e morreu encontra-se preservada, desde 2008, no Centro de Interpretação do Abrigo do lagar Velho (pode ser visitado por marcação prévia). O clima começou a arrefecer em Portugal há 35 mil anos e o pico máximo de frio da última glaciação deu-se há 18 mil anos. A frente polar passava ao largo da Estremadura, pelo que o vale do Lapedo servia à criança e a grupos de humanos modernos como refúgio para o frio.


sábado, 10 de novembro de 2012

As 7 maravilhas do Mundo - segundo Stephen Jay Gould

   Importante paleontólogo, biólogo de evolução e divulgador de Ciência, Stephen Jay Gould (1941-2002) fez escolhas curiosas quando lhe pediram resposta para a questão: Quais são para si as 7 maravilhas do Mundo?

      




terça-feira, 6 de novembro de 2012

Extinção do Homem e os vencedores e derrotados que daí saem


    'De um momento para o outro e por qualquer motivo desconhecido, todas as pessoas desaparecem das cidades; surgirão vencedores e vencidos biológicos, no contexto citadino definitivamente abandonado pelos seus criadores.
    No momento em que pela primeira vez a população urbana portuguesa ultrapassou a população rural, a especulação sobre o que aconteceria num ambiente urbano sem portugueses é curiosa, apresentando-se como uma realidade que deveremos tomar em atenção. No I Congresso Europeu de Conservação Biológica, em 2006, foi discutido que “com metade da população mundial a viver actualmente em cidades e a previsão de 60% em 2030, o ambiente urbano é um dos pontos principais da agenda global de ambiente e de conservação.” Mas o que se passaria nas nossas cidades, após o desaparecimento de todos os portugueses?

    Os vencedores
  Entre os vencedores biológicos deste omnicídio estão os mosquitos, que sem campanhas de extermínio, e aproveitando-se de zonas húmidas, aumentarão exponencialmente o seu número. Esses insectos alimentar-se-ão de animais como as aves. Estas, sem cabos de alta-tensão e arranha-céus (entretanto destruídos, por falta de manutenção), poderão voar livremente. Todos os anos os arranha-céus são responsáveis pela morte de 1000 milhões de aves, só nos EUA. Para Daniel Klem Jr., ornitólogo do Muhlenberg College, o revestimento em vidro dos edifícios das cidades constitui um fenómeno “indiscriminado, eliminando aptos e não-aptos”. As aves colidem com aquelas estruturas, pois não as conseguem identificar, por serem espelhadas, vendo apenas o céu ou árvores reflectidas. Segundo este investigador, só a destruição de habitats tem um impacto mais negativo sobre as aves.

    E os nossos animais de estimação?
  Os gatos contam-se entre os prováveis vencedores do período pós-humano, caçando pequenos mamíferos, insectos e aves, à semelhança do que fazem actualmente. Gradualmente aumentarão de tamanho, competindo directamente com outros predadores. Os cães poderão ter dois destinos. As raças de comportamento dominante agrupar-se-ão em matilhas, à semelhança do que ocorre hoje em dia, em matilhas de cães assilvestrados. Desta forma poderão sobreviver, readquirindo alguns comportamentos ancestrais dos lobos, percorrendo ruas e avenidas em busca de presas. Presentemente, os cães abandonados são responsáveis por ataques a rebanhos que ocorrem no nosso país, embora os proprietários prefiram responsabilizar o lobo-ibérico… Na minha opinião, os cães mais dóceis ou pequenos serão remetidos para nichos ecológicos reduzidos, ou terão como destino a extinção. O meu Labrador provavelmente não se safaria…

    Flora exótica como espanta-lobos (Ailanthus altíssima), robínia (Robinia pseudoacacia), acácia-de-espigas (Acacia longifolia) e árvore-do-incenso (Pittosporum ondulatum) existem nas nossas cidades, tendo sido aí introduzidas para ornamentação de jardins, arborização de espaços urbanos e sebes. A espanta-lobos é proveniente da China, produzindo até 350 000 sementes anualmente. Além de extremamente agressiva para as plantas autóctones, liberta toxinas que impedem o desenvolvimento de vegetação em seu redor. Sem campanhas de erradicação, algumas plantas exóticas substituirão definitivamente as plantas originais, colonizando cada vez maiores áreas e modificando a paisagem natural. Segundo Elizabete Marchante, do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, “desde há pouco tempo, começou a surgir em espaços urbanos outra espécie (Sesbania punicea) que, apesar de ainda não ser invasora em Portugal, é uma invasora perigosa em ecossistemas com clima idêntico.”
    As árvores vencedoras do abandono humano ocuparão a maioria das ruas ao fim de dois a quatro anos. As suas raízes irão destruir progressivamente asfalto e passeios, bem como a rede de água e esgotos, contribuindo para o cada vez maior esquecimento dos vestígios humanos.
Nada do aspecto actual das cidades será mantido. Se houvesse alguém para o descrever, veria um ambiente caótico em que as marcas de construção humana seriam, pouco a pouco, engolidas pela vegetação.

     Os derrotados
    Os perdedores biológicos do nosso abandono serão vários. Sem a presença humana, as cidades e zonas próximas serão mais um ambiente a explorar. Manadas de vacas à solta serão um manancial meigo para lobos e raposas.
Estas serão uma fonte de alimento fácil para todo o tipo de predadores, que se aproximarão cada vez mais dos ambientes urbanos. Cadáveres de porcos, por alimentar, serão fonte de alimento para todo o tipo de necrófagos. Algumas das aves, como os corvos, habituais em ambientes urbanos mais a norte, invadirão inicialmente as urbes, alimentando-se das carcaças. Este ciclo será apenas momentâneo, uma vez que sem o factor humano presente a fonte de alimento em putrefacção condicionará aqueles vencedores fugazes. As galinhas com sua capacidade de se geo-orientarem, recentemente descoberta, não encontrarão caminho para uma salvação evolutiva. Voadoras débeis, serão para o futuro sem humanos o que o Dodó foi para o séc. XXI humanos – uma recordação…
   Mas e os odiados ratos e ratazanas? Dependentes dos desperdícios alimentares humanos, estas espécies de mamíferos declinarão, servindo de refeição a vários predadores. As baratas, de quem se diz serem capazes de sobreviver a um ataque nuclear, terão igualmente a vida difícil, pois os ambientes humanos aquecidos e com comida disponível terão desaparecido. Em especial no hemisfério norte, como atesta Alan Weisman no seu recente livro “World without us”, as fontes de calor permitem que aqueles insectos rastejantes vivam em cidades com Invernos rigorosos. Outros insectos, como gorgulhos e traças, anteriormente muito abundantes em quase todos os continentes, entrarão em declínio; as fontes de alimentos que as sustentavam (essencialmente cereais) acabarão pouco a pouco. Uma incógnita evolutiva serão as formigas. Connosco partilhavam os ambientes citadinos, apossando-se de alguns dos nossos domínios. Carreiros de obreiras invadiam as casas, procurando todo alimento para transportarem para as suas colónias. Contudo, devido ao seu carácter social, terão maior facilidade em se adaptar a ambientes desprovidos de sobras humanas.
No cômputo geral, verificar-se-á um acréscimo na biodiversidade bem como o lento restabelecimento das dinâmicas estruturais dos ecossistemas, dos ciclos biogeoquímicos e das alterações climáticas.

    Marcas não vivas

    As zonas florestadas das cidades, até agora remetidas a parques ou passeios, alastrarão por áreas cada vez maiores, contribuindo com galhos e folhas para que a matéria orgânica depositada no solo (ou no cada vez menor alcatrão disponível) seja abundante.
   Todo este combustível orgânico será um potencial alimentador de incêndios, originados por relâmpagos ou por curto-circuitos dos sistemas eléctricos sem manutenção. Ao fim de alguns anos, os incêndios terão alterado o aspecto das cidades, destruindo construções e mobiliário urbano.
   A estatuária, distintiva de qualquer ambiente citadino, será, pouco a pouco, tragada pelo correr do tempo. As estátuas, em especial as de calcário ou mármore, serão lentamente meteorizadas por chuvas carregadas de dióxido de carbono, que dissolverão o carbonato de cálcio de que são feitas. Faces, membros e corpos serão arrastados pelas águas que caem do céu, levando as memórias de monarcas e poetas para os rios e o mar. Este fenómeno será geologicamente rápido, ou seja, escassas centenas de anos.
   O mesmo fenómeno ocorrerá nos revestimentos dos edifícios. O outrora imponente e belo granito polido dará lugar a uma estrutura que se desagrega – fenómeno originado pela alteração dos feldspatos em argilas.
   A ponte sobre o Tejo, sem manutenções regulares, entrará num processo de desagregação. Mesmo a sua estrutura reforçada, que outrora permitia a circulação de comboios, não evitará o seu colapso.
   Segundo William Rathje, da Universidade de Stanford, arqueólogo especializado em desperdícios humanos, ao fim de 10000 anos ainda será possível ler os jornais do último dia dos seres humanos na Terra. Em ambientes anóxicos (sem oxigénio), como aqueles em que os jornais são cobertos por sedimentos, os constituintes do papel permanecem inalteráveis, à semelhança do que ocorreu com os papiros com mais de 3000 anos. Ao fim de 15000 anos, os últimos de vestígios de edifícios serão tragados pelo avanço de glaciares que uma nova Idade do gelo originará. Os níveis de dióxido de carbono só ao fim de cem mil anos atingirão níveis idênticos ao do período pré-industrial. Apenas ao fim de 35000 anos terão desaparecido os últimos vestígios de chumbo, acumulados ao longo de dezenas de anos de utilização automóvel.
P   assados dez milhões de anos, as únicas marcas da nossa fugaz passagem pelo planeta serão, por exemplo, estátuas de bronze, como a do Rei Dom José I, no Terreiro do Paço. Apenas a sua forma contemplará o Tejo (ou o local onde este estaria) num planeta sem seres humanos…'

Blogue Ciência ao Natural

sábado, 3 de novembro de 2012

Hágua - Seu Jorge canta a importância deste recurso e suas ameaças

    Seu Jorge canta Hágua, sobre a importância deste recurso e ameaças atuais à sua qualidade e disponibilidade para todos os seres humanos e não-humanos!

 O seco deserto esta tomando conta do planeta
Água doce, bebível potável está acabando
Poluição, devastação, queimadas
Desequilíbrio mental
Desequilíbrio do meio ambiente
Segundo previsões dos cientistas
De padres, pastores, budistas
De ciganos, pai de Santos, Hare Krishna
O tempo vai secar
O sol vai carcumer
E água pra beber
(Não vai ter)
E água pra lavar
(Não vai dar)
Água pra benzer
E água pra nadar
Nada, nada (x2)
O seco deserto esta tomando conta do planeta
Água doce, bebível potável está acabando
Poluição, devastação, queimadas
Desequilíbrio mental
Desequilíbrio do meio ambiente
Segundo previsões dos cientistas
De padres, pastores, budistas
De ciganos, pai de Santos, Hare Krishna
O tempo vai secar
O sol vai carcumer
E água pra beber
(Não vai ter)
E água pra lavar
(Não vai dar)
Água pra encher
E água pra nadar
Nada, nada (x2)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ursos-de-água (Tardígrados): especialistas em sobrevivência!

   Reproduzimos um artigo do último número da Revista Parques e Vida Selvagem, edição do Parque Biológico de Gaia. 
   Os Tardígrados parecem ser verdadeiros sobreviventes no espaço e no tempo! Já tínhamos falado deles no LusoCiências, por sugestão da Ângela Ramos do 11ºB   (Organismos que vivem em condições extremas (Glaciares) e o fruto campeão do brilho!)


   Para o cidadão comum têm um nome pitoresco, os tardígrados —entre 23 e 25 de julho juntaram no auditório do Parque Biológico de Gaia uma centena de investigadores de todos os continentes

   Vinte e um países, 79 participantes, 35 apre- sentações, 40 pósteres: a síntese foi descrita por Diane Nelson, cientista norte- -americana, nas conclusões do evento, feitas de uma forma tão rigorosa quanto divertida. Mas, afinal, o que são estes bichos?
   «Os tardígrados são animais de pequenas dimensões (0,05 a 1,5 mm) que constituem um filo independente, aparentado com o grande grupo zoológico que inclui insetos, crustáceos, aracnídeos, miriápodes, que são os artrópodes», diz Paulo Fontoura, professor universitário, investigador e mentor do evento. Se se considerar a vida a uma escala significativa mais pequena encontramos este grupo, o dos tardígrados, seres pluricelu- lares aquáticos também conhecidos como “ursos-de-água” devido ao seu aspeto ao microscópio. Têm quatro pares de patas, invariavelmente com garras e um aparelho bucal complexo. Paulo Fontoura, um dos poucos investigado- res da área em Portugal, já contribuiu para a descoberta de uma dúzia de novas espécies nos últimos anos, tendo sido duas delas identificadas no Parque Biológico de Gaia.
   Em Portugal estão descritas perto de 66 espécies, mas o cidadão comum nunca ouviu falar tanto de tardígrados como quando a Agência Espacial Europeia os utilizou em experiências no Espaço, no âmbito do projeto TARDIS (TARDigrades In Space) e TARSE (TArdigrade Resistance to Space Effects). Estes animais participaram em várias missões, «tendo sido submetidos a experiências sobre sobrevivência em condições extremas, em espaço aberto, suportando o vácuo, raios cósmicos e radiações ultravioleta mil vezes superiores às da Terra».
   Uma das características destes pequenos animais é referida como criptobiose, algo que refere uma incrível capacidade de sobrevivência em condições adversas.
   
  Há espécies de tardígrados que, elucida Paulo Fontoura, «podem sobreviver à secura extrema, a temperaturas da ordem de -270 ºC». Como se não bastasse para serem fantásticos, «os tardígrados também são capazes de resistir a altas concentrações de substâncias tóxicas (álcool absoluto, por exemplo), ao vácuo, etc.». E depois «podem regressar ao estado ativo ao fim de cerca de uma dezena de anos em criptobiose». Estas capacidades típicas dos tardígrados abrem horizontes pragmáticos, «nomeadamente ao nível da reparação do ADN, com potencial aplicação em investigação médica (oncologia e envelhecimento) e biotecnológica».

   São muitos anos de evolução: aponta-se para uma «origem de há cerca de 600 milhões de anos, no Pré-Câmbrico». Tão antigos quanto atuais, o próximo simpó- sio internacional ficou marcado para dentro de três anos em Modena, na Itália. Organizado pelo Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e pelo Parque Biológico de Gaia o 12th International Symposium on Tardigrada verá os seus temas publicados pelo “Journal of Limnology”. As conferências internacionais sobre tardígrados vêm já do século passado, tendo começado em 1974, na cidade de Pallanza, Itália, em homenagem a G. Ramazzotti, na época o investigador mais conceituado desta área científica. Desde então, esta iniciativa de índole internacional junta dezenas de investigadores oriundos dos mais variados países e é organizada por instituições prestigiadas, a fim de debater temas como a filogenia e biologia molecular, a taxonomia, a biogeografia, a fisiologia e ecologia destes peculiares “ursos-de-água”.

Texto: Jorge Gomes