quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Natal: sal na gastronomia e matemática na decoração!

    Reproduzimos, de uma só vez, 2 artigos de teor natalício, do jornal de ciência Ciência Hoje

     É sabido, ou deveria ser de tanta informação e campanha de sensibilização, que o consumo excessivo de sal é extremamente prejudicial para a saúde, em geral, e para o sistema cardiovascular em particular: a hipertensão, ajudada pelo NaCl (cloreto de sódio) que usamos abundantemente na gastronomia, é dos maiores fatores de risco para enfartes do miocárdio (músculo cardíaco, que mantém a bomba - leia-se coração - a funcionar) e AVC (acidentes vasculares-cerebrais, a designação dispensa explicações). Também os rins podem ser afetados por complicações do Sistema Cardiovascular, uma vez que este órgão fundamental é responsável pela depuração de todo o sangue que circula no nosso organismo. 

   Mas como é difícil alterar comportamentos apenas com recurso a avisos e recomendações, passa-se à prática e sugere-se uma ementa de consoada bem saudável!
    

    Sal proibido no jantar de consoada

    A época de Natal é uma altura em que as pessoas têm mais tendência para os excessos, como o consumo elevado de sal, de açúcar e de fritos ou de determinadas bebidas. É por isso que a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) sugere um menu ideal para a consoada de doentes com insuficiência renal crónica e outras pessoas pertencentes a um grupo de risco, dada a necessidade de cuidados alimentares redobrados.


    “A tendência de maior consumo de sal pode afectar a saúde do sistema cardiovascular e consequentemente do rim. A escolha da dieta por parte do médico é sempre feita de uma forma individualizada, pois uma boa alimentação é fundamental para reduzir as complicações no doente renal e melhorar a sua qualidade de vida”, refere Fernando Nolasco, presidente da SPN.

    

        O consumo médio diário de sal deveria ser de 5 gramas. Cada português, em média, consome 12 gramas, mais do dobro...


     Ementa recomendada pela SPN:


    Usar bacalhau bastante demolhado (três dias de preferência) acompanhado por uma salada de alface, couve-flor e cenoura cozida temperados apenas com um fio de azeite. Os legumes devem ser cozidos em duas águas e escorridos bastante bem antes de serem servidos.

    Se preferir carne, a melhor opção é perú sem pele, que pode ser cozido no forno em azeite e acompanhado por um puré de batata caseiro e tomate cozido.

   Não utilize sal em nenhum dos temperos e preferir o sabor das ervas aromáticas como a salsa, alecrim, orégãos, e outros. Deve ler-se o rótulo dos alimentos para verificar a quantidade de sódio porque alguns alimentos processados concentram tanto sódio que uma única porção tem uma quantidade superior à recomendada para a ingestão diária. Não recorrer a produtos com designação de "baixo teor de sódio/sal", pois contêm substitutos à base de sais de potássio (por exemplo, produtos de charcutaria).

   Para a sobremesa, sugere-se fruta: maçã, pêra, pêssego, ananás ou framboesas frescas.

   Os alimentos proibidos na mesa da consoada são os frutos secos e oleaginosos e as leguminosas, o queijo salgado e rico em potássio e fósforo; presunto, carnes salgadas e fumadas; conservas ou concentrados de carne e peixe; peixe salgado ou fumado, mariscos e crustáceos; sopas instantâneas, purés instantâneos, pratos comercializados; cacau, chocolate e gelados.

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    A época natalícia vive também de decoração, em particular da árvore/pinheiro de Natal. A matemática aliou-se às técnicas de decoração para encontrar a fórmula ideal para a sua decoração:



    Fórmula para decorar a árvore de Natal perfeita

    Dois alunos de matemática calcularam a quantidade necessária de enfeites


  Dois alunos de 20 anos, membros da Sociedade de Matemática da Universidade de Sheffield (Reino Unido), em parceria com a loja Debenhams, criaram uma fórmula para decorar a árvore de Natal perfeita, pondo fim a ramos nus ou a decorações espalhafatosas e calculando a quantidade necessária de bolas, fitas, luzes e o tamanho da estrela no topo.

    Para tal, é necessário primeiro encontrar a árvore e, mediante o seu tamanho, calcular a quantidade de enfeites. "Por exemplo, uma árvore de Natal de 180 centímetros (1,8 metro) precisaria de 37 bolas, cerca de 919 centímetros de fitas e 565 centímetros de luzes, e seria necessário um anjo ou estrela de 18 centímetros para terminar”, salientam em comunicado.

    A fórmula tem sido usada na loja para que os consumidores possam escolher as suas decorações no termo adequado. E para calcular o número de bolas encontra-se a raiz quadrada de 17, dividindo o resultado por 20 e multiplicando pela altura da árvore em centímetros; para o comprimento da fita deve multiplicar-se 13 por Pi (3,1415), dividir o resultado por 8 e então multiplicar por 3; para o comprimento das luzes deve multiplicar-se Pi pela altura da árvore e para o tamanho (em centímetros) da estrela ou anjo para o topo da árvore, deve dividir-se a altura da árvore por 10.

    Segundo os estudantes Nicole Wrightham e Alex Craig, a fórmula permite que os clientes comprem as suas decorações de Natal de forma astuta, levando apenas aquilo que precisam e deixando a sua árvore bem decorada.

   “A fórmula levou-nos aproximadamente duas horas até ser concluir. Esperamos que torne a preparação para o Natal um bocadinho mais fácil”, concluiu Nicole Wrightham.

    A universidade disponibiliza ainda uma calculadora fácil de usar, onde basta colocar o tamanho da árvore em centímetros e o restante é automaticamente calculado.

O desafio é: utilizando os algarismos de 1 a 9, coloca-los dos 3 lados da árvore de Natal de forma a que a soma de cada lado seja igual!

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