Vai começar a segunda viagem do Cosmos
(...) Em Portugal, a série original passou na RTP no início dos anos de 1980, agora só quem tiver televisão paga é que poderá assistir às histórias narradas por Neil deGrasse Tyson. Segundo a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), a televisão paga chegava, no final de 2013, a 53,7% de alojamentos residenciais. Além disso, os espectadores habituais dos canais pagos são, globalmente, cerca de 30% e distribuem-se pela multiplicidade de oferta de canais dos serviços de televisão pagos.
Por isso, o impacto do novo Cosmos será muito diferente, refere o investigador Francisco Rui Cádima, professor de ciências da comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que investiga questões relacionadas com a televisão. “Passando para um canal pago, há um retrocesso em relação ao público da década de 1980”, diz o investigador.
Para Francisco Rui Cádima, se na RTP da altura, quando só havia dois canais de televisão, a série poderia ser “apanhada” por faixas da população que não são normalmente consumidoras de programas sobre divulgação científica, nos canais privados são as pessoas que se interessam por este nicho que irão estar atentas. O especialista defende que a RTP deveria comprar os direitos do Cosmos: “Teria mais sentido gastar dinheiro no programa do que em jogos de futebol [da Primeira Liga], que depois acabam por não ter as características de serviço público.”
Mas quem tiver a oportunidade de ver hoje o primeiro episódio do Cosmosterá um banquete de efeitos especiais e de imagens de astronomia do século XXI servido para acompanhar a narrativa contada pela voz quente de Neil deGrasse Tyson. A nave onde o astrofísico viaja é usada para fazer saltos no espaço e no tempo. É possível visitar Vénus ou Júpiter e mergulhar em paisagens que tentam aproximar-se do que, de facto, se passa naqueles planetas. (...)
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