Em dez anos (2000-2009), foram descritas 176.311 espécies novas para a ciência, segundo uma contabilidade feita pelo Instituto Internacional para a Exploração de Espécies, da Universidade do Arizona. Metade (88.598) era de insectos. A seguir vêm as plantas (13% ou 23.604 espécies) e aracnídeos (7% ou 12.751 espécies), como aranhas e escorpiões.
Ainda assim, em 2009 – data da compilação mais recente das descobertas a nível global – foram identificadas 2184 espécies novas de plantas vasculares. O número é bem menor do que o do líder da lista, os insectos, com 9738 novas espécies nesse ano. “São o grupo mais diverso de animais”, justifica a bióloga Sofia Reboleira, da Universidade de Aveiro, que já descobriu cinco novas espécies de insectos e uma de aracnídeo em Portugal (ver imagem em baixo). O trabalho de Sofia Reboleira – realizado em grutas – confirma que é nos habitats menos estudados e mais particulares que há maior probabilidade de se encontrarem novidades. (...)
O interesse dos cientistas não se fica pelos animais e plantas vivos. Pelo menos 1905 novas espécies fósseis – já extintas há um longo tempo – foram descritas em 2009. As que existem hoje correm o risco de rapidamente se juntar a esse grupo. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, apenas 4% das espécies descritas pela ciência estão ser alvo de alguma monitorização. E, dessas, três em cada dez estão ameaçadas de extinção.
Inseto minúsculo (3 mm) que vive em cavernas nas Caldas da Rainha, não tem olhos nem asas.
A espécie a que pertence foi identificada por Sofia Reboleira em 2011
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