A ocasião: a celebração, a 6 de Janeiro, do centenário da divulgação da ideia de Deriva Continental e existência, no passado, de um super- continente rodeado por um super-oceano. Estas ideias deram início a uma revolução inimaginável na Geologia, a Ciência da Terra.
Parabéns, Alfred Wegener!
Faz hoje, 6 de janeiro, exactamente cem anos que o geofísico alemão Alfred Lothar Wegener (1880-1930) apresentou, numa reunião da Associação Geológica Alemã, ocorrida no Museu Senckenberg, em Frankfurt, a sua teoria da deriva continental e a sua ideia da existência em eras geológicas muito recuadas de um supercontinente, a que chamou “pangea” (a partir do grego pan + gea, que significa “toda a terra”) rodeado por um único oceano, designado por "pantalassa" (do grego, pan + talasso, que significa "todos os mares").
O seu livro “A Origem dos Continentes e Oceanos” foi publicado em 1915. Mas foi com a terceira edição em 1922, traduzida em várias línguas, que as suas ideias sobre a evolução da crusta continental e oceânica ficaram melhor conhecidas. A sua obra é a rocha fundadora da tectónica de placas, que só viria a ser confirmada e melhor compreendida depois de detectada a expansão do fundo dos oceanos na década de 1960.
O impacto das ideias de Wegener, que se vieram a confirmar experimentalmente cinco décadas após a sua formulação, com a mudança de paradigma que elas produziram, é comparável na geologia à revolução que a teoria heliocêntrica de Copérnico causou na astronomia no século XVI.
(excertos de artigo de António Piedade, no De Rerum Natura)
(excertos de artigo de António Piedade, no De Rerum Natura)
Outras publicações, no LusoCiências, sobre a Deriva Continental proposta por Wegener nos inícios do século passado:
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