domingo, 16 de fevereiro de 2014

Antidepressivos naturais: mais baratos e sem efeitos secundários, não há como negar!

   Reproduzimos um artigo do site Ciência 2.0, que deverá convencer os mais céticos (ou preguiçosos!) relativamente às vantagens do exercício físico (e não desporto, são coisas distintas) e da socialização frequentes.

   Quem toma 'antidepressivos naturais'?
   Cláudia Azevedo

    Nem só a crise explica a depressão. Há muitos fatores que podem desencadear esta doença de cariz neurobiológico. A psiquiatria recorre a medicamentos para tratar, mas não esquece o papel dos nossos “antidepressivos naturais”, como o exercício físico e o convívio com os amigos.

O desemprego, as perdas afetivas e as relações conjugais conflituosas estão a deprimir muitos portugueses.
A médica psiquiatra Adelaide Costa conta que, na sua prática clínica, a precariedade laboral e as dificuldades económicas assumem cada vez mais relevância nos casos de depressão que são diagnosticados.
“As pessoas vivem um contexto de desesperança, apresentando uma extrema dificuldade em projetar as suas vidas no futuro. À perda do sentido de transcendência soma-se a desagregação do tecido comunitário relacional na família e na sociedade. As pessoas vivem insatisfeitas, porque não conseguem estruturar a sua vida, porque não conseguem encontrar o seu sentido”, diz.
Os acontecimentos de vida negativos, como a perda de emprego ou um divórcio, e a falta de suporte social podem ser “precipitantes” deste tipo de depressão, designada por “reativa”.
Segundo a especialista, “potencialmente qualquer pessoa pode deprimir, numa ou outra fase da sua vida”. Mas será que todos temos as mesmas probabilidades de ter uma depressão?
“A predisposição para se desenvolver depressão não é igual em todas as pessoas. O risco de desenvolver esta patologia depende de inúmeros fatores, desde os genéticos aos ambientais”, esclarece.
São considerados fatores de risco a história pessoal ou familiar de depressão (a depressão endógena tem uma forte componente genética), o género feminino, o estado civil (sabe-se que a separação e divórcio podem derivar em depressão), fatores relacionados com a infância (como a perda dos pais) e o baixo suporte social e familiar.
Os sintomas incluem tristeza, inibição, anedonia (perda da capacidade de sentir prazer), sentimentos de culpa e de menos-valia, perda de motivação, dificuldades cognitivas, fadiga, entre outros.
Conforme sublinha a especialista, a depressão tem “um cariz neurobiológico, assumindo alterações neurobioquímicas e das estruturas cerebrais. Sabe-se que a neurotransmissão das aminas cerebrais, designadamente da noradrenalina, da serotonina e da dopamina, se encontra comprometida”.
Por exemplo, “um indivíduo com baixa neurotransmissão de serotonina, para além de ter um humor deprimido pode apresentar-se mais impulsivo, mais agressivo. Se as alterações são sobretudo ao nível da noradrenalina pode ter o sono muito alterado… Ou ainda uma grande apatia, falta de motivação ou pouca ação quando a dopamina decresce”.
“Não basta tomar o comprimido”
A questão é: como tratar? “O que os antidepressivos fazem é aumentar a neurotransmissão das aminas cerebrais. Tradicionalmente atuam por dois mecanismos: o mais importante, inibindo os autorrecetores cerebrais que normalmente recaptam as aminas num processo de feedback negativo; ou bloqueando as enzimas que destroem as aminas”.
As benzodiazepinas, os estabilizadores do humor e os antipsicóticos são outros dos fármacos usados. E há ainda outras formas de tratamento mais invasivas, como por exemplo a eletroconvulsivoterapia, reservada a casos mais graves.
Adelaide Costa alerta, contudo: Há que intervir do ponto de vista psicoterapêutico, visando a mudança das cognições negativas, dos comportamentos que perpetuam os sintomas, e procurando o reajuste das relações interpessoais”.
A psiquiatra defende também a promoção de comportamentos de saúde (por exemplo, o exercício físico) para “a manutenção de um estado anímico equilibrado”.
“As pessoas vivem em stresse, em ansiedade, correm de um lado para o outro, confundem prioridades, respiram em pleno sufoco. Pouco é o tempo dedicado aos ‘antidepressivos’ que naturalmente nos chegam: o convívio com os que nos são queridos, os momentos de relaxamento, até o dolce fare niente.
Nas consultas, insiste com os pacientes na “absoluta necessidade de reorganizar os tempos e de otimizar a nossa vida”.
E conclui: “Os nossos antidepressivos naturais não têm efeitos adversos e custam-nos bem menos que os que se vendem nas farmácias, com a vantagem de estarmos a viver em pleno aquilo que significa existir num mundo partilhado com os outros”.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Água: da torneira ou da garrafa, uma reflexão urgente!

   É urgente refletirmos sobre este assunto: a água será provavelmente motivo de guerras e conflitos no futuro.



    Não será 100% como este vídeo nos diz, mas talvez alguns pontos sejam tão exatos que isso se torna suficiente para mudarmos alguns hábitos, alguns comportamentos que adotamos por preguiça, irrefletida e automaticamente. 



Lágrima de preta (António Gedeão)


Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

205 anos do nascimento de Darwin

 

   Charles Darwin, um dos maiores pensadores dos últimos 200 anos.
   12 de fevereiro de 1809, nascimento. Parabéns e obrigado por aproximar seres humanos dos outros seres vivos, de forma inabalável!

    A história de Darwin é fabulosa, por várias razões: History of Charles Darwin

    A primeira parte de um Documentário/Ficção da BBC sobre a vida e obra de Darwin, pode ser vista aqui.

    A propósito, há um ano foi apresentado um Livro sobre Evolução, com participação de um aluno do Colégio Luso-Francês, o João Ramalhão. O LusoCiências assinalou esse evento:

Será a esquizofrenia uma consequência do surgimento da linguagem humana? Artigo de aluno do CLF escolhido para Livro sobre Evolução

   

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Projeto do Sequestro do Carbono no CLF começa a dar 'frutos'



Aspeto de 3 fases do desenvolvimento de um Pinheiro (Pinus pinaster) vendido no Colégio no âmbito do Projeto Sequestro do Carbono, em parceria com o Parque Biológico de Gaia.

   Começam a germinar as sementes envasadas e vendidas por alunos do 8º ano do CLF por alturas do Natal!

     Obrigado a todos pelo entusiasmo, e em particular à Professora Isabel Maia pela partilha das fotos do seu Pinheirinho do Sequestro!



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Faturas e a Sustentabilidade: Quercus reage ao sorteio de 'automóveis de gama alta', proposto pelo Governo

   Porque segue uma lógica de desenvolvimento sustentável, é urgente conhecer esta proposta da Quercus, contrariando mais uma iniciativa ambientalmente danosa do Governo atual. Um concurso relativo a um direito e um dever dos consumidores e fornecedores é, por si, de uma pertinência questionável...

   Quercus considera sorteio do fisco contraditório e mau exemplo para a sustentabilidade

   Associação pede ao Governo para repensar a atribuição de automóveis de “gama elevada” e sugere como alternativa carros eléctricos ou de gama mais baixa.
   A associação de defesa do ambiente Quercus condenou nesta sexta-feira a criação de um sorteio de automóveis de “gama levada” dirigido aos contribuintes que peçam factura com número de identificação fiscal (NIF), considerando a iniciativa do Governo um mau exemplo para a sustentabilidade ambiental e um projecto contraditório, quando o executivo acaba de iniciar uma reforma para promover a fiscalidade verde.
   Contestando a atribuição semanal de carros de “gama elevada”, e uma vez que ainda estão a ser “ponderadas algumas decisões” sobre o prémio, a associação sugere que ainda haja oportunidade de o Governo determinar que o prémio seja antes um veículo eléctrico ou um pequeno carro.
   Quando, na quinta-feira, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, apresentou algumas características do sorteio, apenas disse que, “em princípio”, serão atribuídos automóveis novos de “gama elevada”. A marca ou marcas dos veículos sorteados ainda não estão escolhidas, porque o processo terá de passar por uma contratação pública, explicou.
   Sendo certo que o concurso vai para a frente com sorteios semanais, a opção por veículos eléctricos, por exemplo, seria para a Quercus uma escolha “menos insustentável”.
   A associação sustenta, em comunicado, que o prémio escolhido, “independentemente do actual contexto de dificuldades económicas que atinge a população portuguesa, dá precisamente um sinal oposto ao que seria desejável num quadro de sensibilização para um consumo mais amigo do ambiente”. Quanto à sugestão de serem atribuídos veículos eléctricos, a associação defende que, embora seja uma forma de mobilidade individual, tem impactos ambientais “muito menores e poderá ser um incentivo ao estímulo da mobilidade eléctrica, projecto que está em completa estagnação e já com forte investimento público”.
   Para contestar a escolha de automóveis de gama elevada apresenta, entre outras razões, o facto de o veículo simbolizar “um desnecessário consumo de recursos”, de a pegada ecológica do fabrico dos veículos ser superior ao dos veículos mais pequenos, e de o seu impacto nas emissões de dióxido de carbono ser mais elevado, quando este é “um factor muito ponderado do ponto de vista ambiental na fiscalidade automóvel” — recorde-se que o ambiente foi uma das razões invocadas pelo Governo para justificar a criação, este ano, de uma taxa adicional em sede de Imposto Único de Circulação (IUC) sobre os ligeiros de passageiros movidos a gasóleo.
   Lembrando ainda que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, e o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, deram posse há dias à comissão que vai avaliar a reforma da fiscalidade verde, a Quercus considera ainda “do mais contraditório possível” o Governo “acenar agora com um prémio” que é “uma oportunidade perdida de apelar a um desenvolvimento mais sustentável”.

ConheSer+ em fevereiro


Tempestades e a curiosidade humana

    MCNAMARA SURPREENDIDO (Jn - 07 fev 2014)

   "As pessoas ficam no farol, como se não fosse nada"


   "Ok, aqui está uma onda monstruosa a vir de todos os lados, e as pessoas, minúsculas, ficam ali paradas, no farol, como se não fosse nada. O que é que vocês fariam???"

    A pergunta faz todo o sentido. Relembramos as ondas gigantes de há umas semanas, próximo da foz do Douro: vários curiosos expuseram-se, desnecessária e irresponsavelmente, ao poder da elementos. Os resultados...?!

   
    Mais imagens dos danos, aqui.

    Sendo ou não fenómenos extremos, havendo ou não motivo de atração e gosto pelo registo de imagens, a procura desta situações constitui um exemplo trágico da falta de humildade do Homem perante a Natureza.